Fotografia de LM
Fui o metro esperar
A Bedford, na estação
Quando ouvi afinar
Na voz da confusão
Disse alto posso jurar
Numa voz que acetina
“Fica pela terra do Sam”
Como se me lesse a sina
Acotovelei, pisei
Sem pedir sequer perdão
Furei só para falar
Com a negra da estação
Tinha pele bombazina
Enrugada de saber
Cabelos feitos crina
Para a cara enobrecer
Os dedos curvados
Agarravam lentos
A lira das trovas
Da negra lamento
Acotovelei, pisei
Sem pedir sequer perdão
Furei só para falar
Com a negra da estação
“Pagam-me para adivinhar”
Soprou-me com envelhecer
“Há os que louca me chamam
Há os que me dão de beber”
“Podem não acreditar
Porque é gasto o meu sermão
Mas hei-de revelar
O destino em canção”
Nesse dia conheci
A lenda da estação
Com cores de entendimento
Pintou a negra a lição
Fui o metro esperar
A Bedford, na estação
Quando ouvi afinar
Na voz da confusão
Disse alto posso jurar
Numa voz que acetina
“Fica pela terra do Sam”
Como se me lesse a sina
Acotovelei, pisei
Sem pedir sequer perdão
Furei só para falar
Com a negra da estação
Tinha pele bombazina
Enrugada de saber
Cabelos feitos crina
Para a cara enobrecer
Os dedos curvados
Agarravam lentos
A lira das trovas
Da negra lamento
Acotovelei, pisei
Sem pedir sequer perdão
Furei só para falar
Com a negra da estação
“Pagam-me para adivinhar”
Soprou-me com envelhecer
“Há os que louca me chamam
Há os que me dão de beber”
“Podem não acreditar
Porque é gasto o meu sermão
Mas hei-de revelar
O destino em canção”
Nesse dia conheci
A lenda da estação
Com cores de entendimento
Pintou a negra a lição
LM
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