segunda-feira, 28 de julho de 2008

Porto de Abrigo





Fotografias de LM e RMP

sexta-feira, 25 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

I no longer know where home is

I lose some sales
and my boss won't be happy
but I can't stop listening to the sound
of two soft voices blended in perfection
from the reels of this record that I found

every day there's a boy in the mirror
asking me
what are you doing here
finding all my previous motives
growing increasingly unclear

I travelled far and I burned all the bridges
I belived as SOON as I hit land
all the other
options held before me
WILL wither in the light of my plan

so I lose some sales
and my boss won't be happy
but there's only one thing on my mind
searching boxes underneath the counter
on a chance that on a tape I'd find

a song for
someone who needs somewhere
to long for

homesick
cause I no longer know
where home is

Kings of Convenience

Por onde vou?

Fotografia de LM

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Where do we have to get off?




De mala na mão, na porta entreaberta, como um gato a roçar nos cantos, num ronronar que afasta mas circunda. Quando a noite vem é o cair do pano, o teatro fechado, o palco desmontado e nós, só nós ali, estendidos. Quando a manhã se decide, volta-se a abrir o lugar para todos, uns que entram e outros que partem, uns cativos e outros ocasionais, uns despertos e outros desprendidos. A cena passa a arena e a indefinição toma conta dos estrados. O que mais me cansa é não saber. O que mais me cansa é este meu lado irresoluto, um assobiar frouxo para o que esperas. De mim. Esperas que eu chegue com tudo quando o que eu tenho é quase nada. Mala vazia. Se eu fosse da plateia gritaria: “Vamos, fecha de uma vez a porta ou abre-a de espaço.”. E o que é eu faço? Deixo-me ficar pendurada nos intervalos, para ver passar o tempo, cruzando os dedos em figas para que esse, o tempo, mostre se devo entrar ou sair. De mala na mão. Vazia.

LM

terça-feira, 22 de julho de 2008

FLAT

Zoom in na tua fotografia. Há semanas que não te via por aqui. Principalmente assim, vestido de cerimónia para a música, com uma extensão dourada que vai da boca e desce nas mãos. Mãos. Usaste-as para te queixares do meu cabelo. “DEMASIADO”, dizias, e sopravas nos que se apresentavam aos teus olhos e comichavam a face da noite perdida em olheiras fundas. Devias rir-te e não pregar os cabelos, os meus cabelos “DEMASIADO”, atrás das costas. Pelo menos das costas gostavas, talvez porque lhes vias um “ir”, para finalmente te deixares ficar sem DEMASIAS. Agora, sem saberes do “voltar”, arrematas um “então?”, digno do mais eficiente pateta, DEMASIADO distraído com as suas orelhas compridas, e às vezes surdas, para poder ver se o cabelo continua assim. DEMASIADO. Já pensaste que posso ter cortado as pontas gretadas e agora estou DEMASIADO… distante? Zoom out na tua fotografia. Passará mais uma semana sem a ver por aqui.

LM

My Body is a Cage




Fotografias de LM

segunda-feira, 21 de julho de 2008

I Don´t Know Life at All




Chega-te aqui. Vens com a idade dos sonhos, vens perto e aberto, vens com casas de algodão e lollipops na varanda. Trazes penas ao peito e sorrisos em colheradas. Trazes palavras de sabor a gelado e um Verão com flores. Tocas a chuva com a mesma vontade com que desenhas estrelas: em traços largos. Contigo há contos de fadas e páginas que desaparecem na altura dos pesadelos. Há lágrimas que escorregam, balancés que as lançam e carrosséis que as penduram. Há luas cerúleas, ventos adocicados e sóis de frescura. Há alusões, ilusões, sensações e emoções. Há cães com língua de gato, morcegos de chocolate e galinhas orelhudas. O jardim molhado cheira a lavanda, a casa enche-se de cantos, há segredos das cartas colados no tecto e nos sofás cobertores de fotografias. Porque andas por aí, perto, e vens com a idade dos sonhos. Só que eu deixei o meu sonho na idade que já não tenho.

LM

sábado, 19 de julho de 2008

Don´t you lift me up



That means no
Where I come from
I am cold, out waiting for the day to come

I chew my lips
And I scratch my nose
Feels so good to be a rose

Oh don't
Don't you lift me up
Like I'm that shy no-no-no-no-no, just give it up

See, there are bats all dissolving in a row
Into the wishy-washy dark that can't let go

I cannot let go
So I thank the lord
And I thank his sword
Though it be mincing up the morning, slightly bored

Oh oh oh, morning
Without warning
Like a hole
Oh, and I watch you go

sexta-feira, 18 de julho de 2008

House of Cards



Quero dizer-te assim. Devagar. É que a minha casa ainda se faz de cartas, cartas que se tocam, acrescentam e montam. É como um baralho ao contrário de um baralho, porque as cartas se compõem num método (estranho mas) que em mim faz o sentido da vida. Quero dizer-te assim. Devagar. Que sei que quero ser amiga. Ou que sou. Tudo mais faz parte das cartas que estão desaparecidas ou fora do baralho, que não é baralho. Tenho tempo. Tenho sempre tempo. Mas e tu? Quero dizer-te assim. Devagar. Que tenho medo. E que o que vier será uma graça, mesmo que seja menos do que esperas. Um dia de cada vez. No nosso caso, uma noite atrás da outra. Quero dizer-te que me obrigo. Assim. Devagar. Obrigo-me a perceber. Não precipitando a resposta, não transpondo o que, efectivamente, te quero dizer. Quero dizer-te assim. Devagar. Não sei. Deixo-me estar porque preciso. Corrompe-me o egoísmo. Deforma-me a cara, as sardas, o verde dos olhos. Mas deixo-me estar. Porque preciso e porque precisas. Não achas que devemos dizer-nos…devagar? E se a casa se desfaz e as cartas derrapam? E se o tecto cai e a porta se fecha? Diz-me. Porque é que não me consigo atirar?

LM

As padeirinhas...



Rimo-nos! Eu chamei o pão pelo nome que não conhecias, e depois acusei o bolo de ser broa. De mel. Rimo-nos. Até porque, como a borboleta perfeita no meio da pequena floresta de lilases e verdes, também nós queremos caber na moldura deste espaço. Pelo menos enquanto o espaço for nosso e o espaço nos der espaço para isso. Rimo-nos. Queres uma padeirinha?

LM

quarta-feira, 16 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Quantas vezes?

Dizemos adeus pela quarta vez. Ainda bem que é segunda-feira, ou pensaria que as coincidências fazem questão de atropelar com pneus de pesados no corpo e no que é isento de matéria. Poupo-me nas palavras e o rendimento máximo é atingido ao restringir certezas de afecto. Inversamente proporcional. Seguro-me ao travar em distâncias curtas para não esbarrar o nariz no vidro (absolutamente insubstituível, no momento). Não sei se a duração da espera é ilimitada. Duvido. E zango-me com o facto. Esse. Porque agora, ao mudar o primeiro algarismo da idade, só preciso do que me abotoa aos dias e não de um zip que folga as camisas. Prefiro-as justas, coladas ao corpo e no que é isento de matéria. Ao corpo. Sem matéria.
Digo-te adeus pela quinta vez. Ainda bem que hoje já é terça-feira!

LM

segunda-feira, 14 de julho de 2008

(semi) BREVE!




Que sejam breves, as pausas, para nossa vontade. E para que não existam metades nem semis nos outros tempos. Aqueles com música, embrulhados numa árvore com cheiro.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Para noites assim...

"Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá."

Vergílio Ferreira

Nunca há silêncio. E mesmo quando ele parece entrar, traz penduradas estrelas que nos lembram que o melhor é sermos nós, um com o outro. Obrigada pelo céu inteiro.

LM

quarta-feira, 9 de julho de 2008

MODO: LENTO



Deambulamos pela madrugada, de mão dada com o telefone. Murmuramos o que existe e o que se perdeu. “Sobre-mais-que-tudo” ( e perdoa-me roubar-te as aspas), vivemo-nos!
Afinal, em que sonho cabe a nossa lembrança?
A ti, pelas horas que me dás.

Fotografia de LM

terça-feira, 8 de julho de 2008

RENTED HEART



A ti, que tornaste apetecível o intratável.
Even if "we had to get through"...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Um beijo




O abraço foi desentendido, desencaixado. Lembrei-me hoje do meu casaco azeitona que velava os joelhos e se ajustava no pescoço. Tu, não sei o que vestias nem interessa agora. Porque o teu abraço foi assim, como quem quase não dá. Já não me vias há quanto tempo? Claro, não contas os dias. Limitaste-te a dizer

-Estás com bom aspecto!- como se esse fosse o único beijo possível naquele momento.

Conversamos calados o tempo todo, à excepção de algumas frases rápidas e inúteis. TEATRO no jardim. Ri-me da personagem de um actor que já beijei. E pelo menos ele soube enganar(-me) num beijo. Ri-me sobretudo porque já sabia que depois de me rir da personagem do actor que já beijei e me enganou, te ias despedir… sem um beijo. Ainda me abraçaste, outra vez. Mas continuamos desentendidos, desencaixados e calados. Largaste-me para o próximo voo e completaste o “fica bem” com a tua mão direita a descer da minha franja aos lábios. Recuaste. Foi aí que abri um “tu também” sarcástico. Não era isso que queria dizer. Menti-te. Preferia ter-te rogado mil pragas e desejado que partisses o coração em pedaços incontáveis e que nunca mais se ajustassem. Porque o abraço foi desentendido, desencaixado e conversamos calados o tempo todo.

Lembrei-me hoje. Porque te lembro todas as fracções do dia e, por mais que insistas em ceder, eu continuo aqui. Para ti.

Vês como sou idiota?

LM

domingo, 6 de julho de 2008

Nós

Discordamos. Sempre, arrisco dizer. Não tomamos a mesma bebida: eu prefiro o leite quente antes do sono amoroso, tu uma cerveja gelada que culpas depois pelo relevo da barriga. Não ouvimos a mesma canção e ainda por cima me acusas de escolher as que se vestem de roupas usadas, quando eu acho que elas estão é despidas. Não falamos a mesma língua: tu agitas-te quando queres e como queres em artigos indefinidos, já eu concorro na escrita determinada. Sei como me sinto e como te preciso. Tu vais fugindo. E ainda me dizes que não discutes. Se não nos encontramos nem na mesma cidade, nem na mesma altura, nem com a mesma vontade, então porque nos encontramos? Não insisto… mas finge, por uma vez, que gostas de mim. Quem sabe não nos reencontramos por aí?

LM

(PER)CURTIR








Serviço Educativo de Música
Funchal, 6 de Julho de 2008
Fotografias de Lm e Gabriela

sábado, 5 de julho de 2008

Look at the Stars





Funchal Jazz 2008
Phil Woods, J.J. Milteau, Rosa Passos e Chucho V.
Fotografias de LM

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mais do "Mais-que-tudo"...

"
(...)
Ainda vai buscar uma lupa para examinar com mais cuidado o envelope, mas não encontra nenhuma pista que lhe diga quem é, afinal, O ou A “mais-que-tudo”. Na estação da Vila da Luz há uma caixa onde se lê “Perdidos”. Essa caixa de cartão é para todo o correio que, por um motivo ou outro, não pode ser entregue ou devolvido, e por isso fica… perdido por ali! Mas Salvador orgulha-se de manter a caixa vazia e estava decidido a esforçar-se para que continuasse assim. Tinha de descobrir a quem se destinava a carta amarrotada, esborratada. Esta é a sua nova missão!
(...)"

In "Mais-que-tudo"
Texto de LM

quarta-feira, 2 de julho de 2008

À noite, num cobertor verde...


Parque de Stª Catarina- Funchal
Fotografia de LM

terça-feira, 1 de julho de 2008

Já se ouve ao fundo uma velha canção




Faltam 26 dias, umas horas e algumas palavras... para me veres por aí.