quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dois Pontos

É vê-los assim: estupidamente petrificados perante o relógio (que é o único que avança). Estão à espera, sempre à espera. Agora esperam o almoço. Melhor, a hora de almoço. Para quem pouco faz (com pretensões a NADA), este é o único verbo de acção que se aplica: esperar. A conta não podia ser outra que não subtrair à vida. Eis como se faz um inútil: passa o tempo a contar o tempo que falta para. Pena não se poder alugar o tempo dos outros (comprar não! Hoje em dia sai caro!). Seria muito mais lucrativo aplicá-lo aos que nunca têm tempo suficiente (= recessão económica). Queixam-se de quê, afinal? Ah, sim: de viver!

LM

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo.
Simples e essencial.
Se souberes onde se aluga diz-me.
Beijo feliz a correr, sem tempo.

LM disse...

...e é tempo de te agradecer.
Na esperança que estejas a girar por esse mundo de sol,
LM