New Year´s Eve, NY 2004/2005
Fotografia de LM
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
DA MANEIRA MAIS SIMPLES
"É apenas o começo. Só depois dói
e se lhe dá nome.
Às vezes chamam-lhe paixão. Que pode
acontecer da maneira mais simples:
umas gotas de chuva no cabelo.
Aproximas a mão, os dedos
desatam a arder inesperadamente,
recuas de medo. Aqueles cabelos,
as suas gostas de água são o começo,
apenas o começo. Antes
do fim terás de pegar no fogo
e fazeres do inverno
a mais ardente das estações."
Eugénio de Andrade
Fotografia de LM
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
RIVER
It's coming on Christmas
They're cutting down trees
They're putting up reindeer
And singing songs of joy and peace
Oh I wish I had a river I could skate away on
But it don't snow here
It stays pretty green
I'm going to make a lot of money
Then I'm going to quit this crazy scene
Oh I wish I had a river I could skate away on
I wish I had a river so long
I would teach my feet to fly
I wish I had a river I could skate away on
I made my baby cry
He tried hard to help me
You know, he put me at ease
And he loved me so naughty
Made me weak in the knees
Oh, I wish I had a river I could skate away on
I'm so hard to handle
I'm selfish and I'm sad
Now I've gone and lost the best baby
That I ever had
I wish I had a river I could skate away on
Oh, I wish I had a river so long
I would teach my feet to fly
I wish I had a river
I could skate away on
I made my baby say goodbye
It's coming on Christmas
They're cutting down trees
They're putting up reindeer
And singing songs of joy and peace
I wish I had a river I could skate away on
JONI MITCHELL
They're cutting down trees
They're putting up reindeer
And singing songs of joy and peace
Oh I wish I had a river I could skate away on
But it don't snow here
It stays pretty green
I'm going to make a lot of money
Then I'm going to quit this crazy scene
Oh I wish I had a river I could skate away on
I wish I had a river so long
I would teach my feet to fly
I wish I had a river I could skate away on
I made my baby cry
He tried hard to help me
You know, he put me at ease
And he loved me so naughty
Made me weak in the knees
Oh, I wish I had a river I could skate away on
I'm so hard to handle
I'm selfish and I'm sad
Now I've gone and lost the best baby
That I ever had
I wish I had a river I could skate away on
Oh, I wish I had a river so long
I would teach my feet to fly
I wish I had a river
I could skate away on
I made my baby say goodbye
It's coming on Christmas
They're cutting down trees
They're putting up reindeer
And singing songs of joy and peace
I wish I had a river I could skate away on
JONI MITCHELL
domingo, 23 de dezembro de 2007
sábado, 22 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
A TRADIÇÃO
Uma manhã agasalhada. O cheiro a sonhos ainda anda pela casa. De pés descalços, a lembrar que é Inverno, corro para a cozinha e deixo que a cadela me morda os calcanhares. Vou à procura de uma chávena. Leite quente. Há folhas de papel rasgadas na mesa e fitas acumuladas a um canto. A árvore pisca-me o olho, aprovando os presentes. Sento-me no sofá, depois de atirar as cortinas para o lado, cruzo as pernas e acerto as meias de lã às pernas. Respira-se o silêncio na derradeira alvorada na casa. Antes da missa e dos beijos apertados aos vizinhos e à família, é aqui que se celebra o verdadeiro nascimento: dentro de mim. Como se a cada ano as forças se renovassem, os laços se apertassem, os desejos se (re)fizessem. E tudo porque é Natal.
LM, Dezembro de 2006
LM, Dezembro de 2006
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
LOVE(D)
Embarco. O adeus (mais breve) faz-me repetir-te em imagens dos tempos que fomos só nós os dois, juntos. Encontro-te no meu ir, como se estacionar nunca fosse resposta às inquietações. Mas se gosto tanto de parar nas tuas palavras e deixar-me ficar nelas, perdurando o que nunca durou entre nós (sempre os dois) …
Decido contar-te onde estou. Perdida no aeroporto que já conheço, entre os gritos das crianças da época e o entusiasmo provocador dos crescidos que regressam. Sinto falta de fugir contigo. Íamos de mão dada, mesmo que separados, em ruas diferentes, em países opostos. Atravessávamos o mar com um beijo, aquele no canto da boca onde insistias pendurar o cigarro. Fumaste-me tantas vezes, esgotando o meu cansaço. Contigo era continuamente. Durava a vontade, a troca, o sal no corpo, o abraço faminto. A conversa num jardim escuro, com uma fatia de pizza a enganar o estômago, de madrugada. A mordida num bolo de cinema que fizemos por dividir. O telhado com estrelas e um horizonte sonhado. Os desejos em que nos enrolamos depois, temendo que nunca mais houvesse depois… era, afinal, medo o que nos consumia. Medo de ter e de perder, medo de chegar e de deixar, medo de saber que não voltaríamos ao mesmo lugar, os dois, só os dois.
O relógio não pára. Insisto bater a marcha com ele. O meu tempo é “para a frente” mas em dias como hoje, em que o gosto do avião me traz à boca a tua fronte, desisto de querer andar. Aí, só tu me fazes, de novo, apetecer ser dois. Sempre os dois.
LM
Decido contar-te onde estou. Perdida no aeroporto que já conheço, entre os gritos das crianças da época e o entusiasmo provocador dos crescidos que regressam. Sinto falta de fugir contigo. Íamos de mão dada, mesmo que separados, em ruas diferentes, em países opostos. Atravessávamos o mar com um beijo, aquele no canto da boca onde insistias pendurar o cigarro. Fumaste-me tantas vezes, esgotando o meu cansaço. Contigo era continuamente. Durava a vontade, a troca, o sal no corpo, o abraço faminto. A conversa num jardim escuro, com uma fatia de pizza a enganar o estômago, de madrugada. A mordida num bolo de cinema que fizemos por dividir. O telhado com estrelas e um horizonte sonhado. Os desejos em que nos enrolamos depois, temendo que nunca mais houvesse depois… era, afinal, medo o que nos consumia. Medo de ter e de perder, medo de chegar e de deixar, medo de saber que não voltaríamos ao mesmo lugar, os dois, só os dois.
O relógio não pára. Insisto bater a marcha com ele. O meu tempo é “para a frente” mas em dias como hoje, em que o gosto do avião me traz à boca a tua fronte, desisto de querer andar. Aí, só tu me fazes, de novo, apetecer ser dois. Sempre os dois.
LM
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
terça-feira, 27 de novembro de 2007
PORTO
O Porto é a casa onde não durmo, a cama onde só me encosto, a almofada de pena(s). É o fotograma da minha vida mas que passa repentino, num filme que vai fazendo a história. “Sou do Porto”, digo quando me perguntam de onde venho. Não é inteiramente verdade. Não nasci, não cresci, não vivi na cidade. Mas é ela que me arrenda as suas ruas, as luzes, a noite, os amigos. Faço sempre de conta que sou ponte. Uma ponte que me junta, onde quer que esteja, a essa cidade. Faço sempre de conta que sou rio. Um rio que entra nela, pela cidade, e se estende a abraçá-la. Faço sempre de conta que sou gente. Gente que vive, que passa, que se insurge, que se oferece a sorrir. Faço sempre de conta que sou daqui. E esta mentira é a minha única verdade.
LM, de regresso ao Funchal
LM, de regresso ao Funchal
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Happy Birthday
terça-feira, 20 de novembro de 2007
TAKE ME HOME
http://www.youtube.com/watch?v=XewO1DB96To&feature=related
"Take me home
you silly boy
put your arms around me
take me home
you silly boy
all the world's not round without you
I'm so sorry that I broke your heart
please don't leave my side
take me home
you silly boy
cause I'm still in love you"
Tom Waits
"Take me home
you silly boy
put your arms around me
take me home
you silly boy
all the world's not round without you
I'm so sorry that I broke your heart
please don't leave my side
take me home
you silly boy
cause I'm still in love you"
Tom Waits
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
To THINK
"Um dia o mar veio e encheu-se de graça na minha praia. Foi assim que entrei nele e me fiz peixe."
In "Dias de Mar"
LM
In "Dias de Mar"
LM
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Madonna (mia cara)
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
WAIT FOR ME...do you??
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
URGÊNCIA DE TE ENCONTRAR
Fui encostar os lábios
A pensar que os dissolvias
E tu gelado
Pousei o ouvido na terra
A pensar que me cantavas
E tu calado
Deixei a mão no cabelo
A pensar que o soltavas
E tu aliado
Diz-me o que queres
Agora que a manhã veio pronta
Diz-me se me queres
Agora que te perdi na conta
E se é chuva o que deixas na minha escada
Então larga-me devagar
E dá por terminada
A canção que não foste cantar
Dois-me...
Porque me fiz querer?
Nunca fui tua, é verdade
Alugaste-me só por prazer
Por isso volto sozinha
Ao lugar em sépia
E arrasto-me num frio seco
De olhos no chão
E se há uma sequer réstia
De que me voltes a conhecer
Marco com as minhas sardas o tempo
Para no tempo não te perderes
LM
A pensar que os dissolvias
E tu gelado
Pousei o ouvido na terra
A pensar que me cantavas
E tu calado
Deixei a mão no cabelo
A pensar que o soltavas
E tu aliado
Diz-me o que queres
Agora que a manhã veio pronta
Diz-me se me queres
Agora que te perdi na conta
E se é chuva o que deixas na minha escada
Então larga-me devagar
E dá por terminada
A canção que não foste cantar
Dois-me...
Porque me fiz querer?
Nunca fui tua, é verdade
Alugaste-me só por prazer
Por isso volto sozinha
Ao lugar em sépia
E arrasto-me num frio seco
De olhos no chão
E se há uma sequer réstia
De que me voltes a conhecer
Marco com as minhas sardas o tempo
Para no tempo não te perderes
LM
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Condomínio de Luxo
No meu condomínio mora o mar e o verde, moram os montes roliços e inchados de tanto agarrarem a terra, mora o céu como telhado e as nuvens de agasalho. Neste condomínio moro eu e os outros. E se este condomínio fosse só meu, acrescentava-lhe um pincel. Assim ia caiando as paredes azuladas com sol, sempre que quisesse, e afastava o frio que me tira da varanda e arrefece o tapete de ervas e os pés. Ainda bem que neste condomínio há ponchos(as) para aconchegar a noite e desmanchar os passos, embriagados. Olho em frente e caminho para os lados. Afinal, preciso de me perder! Ainda bem que neste condomínio há coisas difíceis, como convencer que sou fácil. Mas afinal, nem sou assim tanto! Ainda bem que neste condomínio há conversas no sótão e lugares vagos na garagem, para o silêncio. Afinal, sempre detestei “falares” inúteis e fora do tempo. Ainda bem que neste condomínio há pratos cheios e sorrisos satisfeitos. Afinal, é bom comer da vida. Ainda bem que neste condomínio há água fresca, daquela que se arrasta como o "véu de uma noiva". Afinal, haja sede! Ainda bem que neste condomínio não há poses de rei. Porque este condomínio, afinal, é real!
Texto e Fotografias
LM
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