quinta-feira, 7 de maio de 2009

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Do alto do seu chapéu, a Maria conta a vida numa mão cheia de pequenas histórias. Não me esqueço do dia invernoso em que me puxou a camisola e segredou a canção que há meses lhe tinha ensinado. Na altura preferiu correr pela sala a atirar-me gargalhadas marotas. Mas, no dia em que o sol estava mais frio, lembrou-me como vale a pena ensinar a sorrir melodias. A Maria está de partida. A viagem entra naqueles olhos verdes e espertos, na saia rodada e no gorro cor-de-rosa que usa ao vento. Tem a mesma delicadeza da mãe. E a resposta está quase pronta, como a que o irmão João atirou quando lhe perguntámos onde era a sua casa: “Na Suécia!”. Estocolmo é o quadro dos próximos anos destes meninos. Só posso desejar que o estampem com as cores mais divertidas. Até breve!

LM

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