Casa branca em frente ao mar enorme, Com o teu jardim de areia e flocos marinhas E o teu silêncio intacto em que dorme O milagre das coisas que eram minhas.
A ti eu voltarei após o incerto Calor de tantos gestos recebidos Passados os tumultos e o deserto Beijados os fantasmas, percorridos Os murmúrios da terra indefinida.
Em ti renascerei num mundo meu E a redenção virá nas tuas linhas Onde nenhuma coisa se perdeu Do milagre das coisas que eram minhas."
Sophia de Mello Breyner Andresen in Poesia I (1944)
Longuing for words, drawings and aeroplanes... I rest in a speechless smile. :)
2 comentários:
"Casa branca
Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flocos marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.
A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.
Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas."
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Poesia I (1944)
Longuing for words, drawings and aeroplanes... I rest in a speechless smile. :)
Casas amarelas, casacos azuis, bolsas animadas, frutas e legumes vivos. O recheio só nós sabemos. Sorris?
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