tag:blogger.com,1999:blog-3750069273796388481.post6984165398633943229..comments2011-07-26T09:03:20.950+00:00Comments on EXIT WORDS: REPENTINA-MENTEUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3750069273796388481.post-46984161454940652052010-07-21T14:22:51.608+00:002010-07-21T14:22:51.608+00:00"Soneto de Separação"
DE REPENTE do ri..."Soneto de Separação"<br /> <br />DE REPENTE do riso fêz-se o pranto <br />silencioso e branco como a bruma <br />E das bocas unidas fêz-se espuma <br />E das mãos espalmadas fêz-se o espanto. <br /><br />De repente da calma fêz-se o vento <br />Que dos olhos desfez a última chama <br />E da paixão fêz-se o pressentimento <br />E do momento imóvel fêz-se o drama. <br /><br />De repente, não mais que de repente <br />Fêz-se de triste o que se fêz amante <br />E de sozinho o que se fêz contente. <br /><br />Fêz-se do amigo próximo o distante <br />Fêz-se da vida uma aventura errante <br />De repente, não mais que de repente. <br /><br />Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'<br /><br /><br />Fez-se a separação de uma terra que é a nossa união. E, agora, o regresso um porto de pontos de abrigo. Porque são muitos os sítios que amamos, até aqueles em que, tantas vezes, se fez da força da imaginação o sonho de ter os pés no mesmo chão. Foi o voltar, por um instante apenas, a uma cidade em construção. Depois do Inverno aluvião. Um momento do Verão. Uma sintonia inaugural de avião. Uma “esperanza” vibrante ao serão. Foi assim, repentinamente, a lembrança de que o coração não mente. <br /><br />À Madeira, ter-nos-emos eternamente.revolution.resolutionnoreply@blogger.com